A imunoterapia como tratamento para alergia é uma forma de promover a cura ou uma grande redução de crises alérgicas respiratórias.
Em outras palavras, de forma simples, tirar a alergia, por exemplo, de ácaros, poeira, mofos, de pessoas que sofrem com sintomas de rinite, asma ou dermatite atópica.
Essas pessoas, geralmente, perdem muito em qualidade de vida e produtividade por ter um contato direto com as substâncias que causam a alergia.
Há mais de 100 anos que essa prática é utilizada e foi criada em 1911 na Inglaterra.
Inicialmente, para combater a “febre do feno”, um tipo de rinite alérgica causada pela polinização das flores na primavera.
Assista também o meu vídeo sobre cuidados e higienização das roupas para pacientes com Dermatite Atópica.
Para quem se indica a Imunoterapia Como Tratamento da Alergia?
Já imaginou ter crises de rinite, que podem evoluir para uma sinusite, fazendo atividades que são rotineiras?
Ter uma crise de tosse seca ou espirros pode ser bastante constrangedor, não é mesmo?
Imagine essas crises durante a prática de uma atividade física, quem sabe fazendo uma prova ou em uma apresentação.
Uma crise de rinite pode até estragar momentos de lazer, como por exemplo, entrar em uma piscina ou viajar de avião para curtir férias.
Se os sintomas persistirem e até evoluírem para uma sinusite, pode estragar toda a diversão, né?
Além disso, quanto mais crises uma pessoa tem, menos qualidade de vida para desfrutar de momentos prazerosos e até para trabalhar ou estudar ela vai ter.
Se mesmo após consultas, exames e tratamento indicado por médico especialista você continua a ter crises com frequência, então a imunoterapia pode ser a sua salvação.
Assim, indica-se a imunoterapia para pessoas que constantemente estão expostas às substâncias causadoras da alergia e que não respondem ao tratamento com remédios.
Leia aqui sobre como aliviar os sintomas da Rinite Alérgica.
Como é Feito o Tratamento de Imunoterapia para Alergia?
Em primeiro lugar, a Imunoterapia é um tratamento que deve ser feito exclusivamente por um médico especialista, ou seja, um alergista//imunologista.
Para um diagnóstico correto, é preciso que o médico faça uma anamnese, um exame físico detalhado e exames complementares.
Os exames podem ser de sangue ou feitos diretamente na pele, como o Prick Test, ou teste cutâneo de leitura imediata.
Com o diagnóstico em mãos e a comprovação do agente alérgeno, ou seja, a substância causadora da alergia, inicia-se o tratamento.
Os ácaros são os principais causadores de alergia respiratória encontrados em ambiente natural, mas fungos, pólem e mofo também estão nessa lista.
Dessa forma, vacinas de alergia são administradas pelo médico preferencialmente através de injeções subcutâneas.
Primeiramente em pequenas doses que podem ser 1 ou 2 vezes por semana.
As aplicações vão aumentando gradativamente dependendo da resposta individual de cada um até chegar na dose de manutenção em aproximadamente 3 meses.
As doses de manutenção passam a ser feitas com intervalos de 2 a 6 semanas num período de 3 a 5 anos, porém isso é analisado individualmente caso a caso.
Eficiência e Segurança do Tratamento
Quando feito por um profissional qualificado e com cautela, é um tratamento seguro, com efeitos duradouros e que em três meses já se pode ver o resultado.
Em outras palavras, é o único tratamento que muda o curso natural da doença alérgica.
Em alguns casos pode-se chegar a cura, além de prevenir o surgimento de novos quadros de alergia.
Porém, para isso, é importante a adesão do paciente ao tratamento completo.
Por ser de longo prazo, muitas vezes o paciente abandona e compromete o sucesso do tratamento.
É um tratamento capaz de aumentar a qualidade de vida de quem sofre principalmente com alergias respiratórias, além de reduzir o uso de medicamentos.
Por outro lado, também reduz muito a possibilidade de evolução de uma rinite para asma.
Enfim, com o diagnóstico correto, a identificação do tipo de alérgeno e a quantificação correta da dose da vacina é possível curar uma doença alérgica respiratória.
Em último caso, pode-se espaçar bastante as crises e assim promover também uma melhor condição de vida do paciente.
Para isso, conte sempre com sua alergista e imunologista.
Dra. Natasha Ferraroni