A urticária é um tipo de reação alérgica que aparece em qualquer região do corpo, em qualquer época do ano e que atinge todas as idades, embora seja mais comum dos 20 aos 40 anos.
Elas podem ser classificadas segundo o tempo que duram:
- Agudas, quando os sintomas desaparecem dentro de seis semanas;
- Crônicas, quando os sintomas duram mais de seis semanas;
Podem também ser classificadas segundo sua causa:
- Induzida, quando o motivo é identificado;
- Espontânea, quando não se identifica a causa.
Sintomas
O principal sintoma da urticária é a aparição de manchas avermelhadas pelo corpo que causam muita coceira. Estas lesões aparecem como uma camada elevada na pele, formando placas e vergões que causam um surto de coceira na pessoa, atrapalhando-a em seus afazeres diários e, inclusive, em seu sono.
Estes inchaços na pele ocorrem devido à liberação de substâncias vasodilatadoras, como a histamina, que causa vazamento de líquido para fora dos vasos.
Em alguns casos, os sintomas reaparecem atingindo as pálpebras, os lábios, a língua e a garganta da pessoa. Estes inchaços são conhecidos como angiodemas e, por poderem atingir as vias aéreas, apresentam risco de vida à pessoa afetada, pois dificultam ou até mesmo impedem a respiração. Os angiodemas podem permanecer por mais de 24 horas no paciente, o que exige um cuidado especial.
Além do angiodema, outra complicação que pode ser resultante da urticária é a anafilaxia. Ela atinge todo o corpo do paciente, pode fechar a região da glote (garganta) e causar náusea, vômito e queda de pressão. Essas duas complicações são graves e precisam de tratamento de quanto antes!
Causas
A urticária aguda, acompanhada de angiodema ou não, são geralmente reações alérgicas. Toda reação alérgica é uma resposta que o nosso sistema imunológico dá a um agente estranho que entrou em nosso organismo.
Quando se inala, se ingere, se injeta, se consome ou se toca certas substâncias químicas as quais a pessoa é sensível, seu sistema imunológico reage de maneira exagerada, portando-se, dessa forma, como um mecanismo de defesa próprio da pessoa.
Porém, nem sempre a urticária é uma reação alérgica. Existem também as UCE (Urticária Crônica Espontânea). Estas, podem ser consequência de uma doença autoimune. Ou seja, nosso sistema imunológico não funciona da corretamente e por isso reconhece como “intruso” tecidos do nosso próprio corpo, atacando-os.
Tratamento
O primeiro passo no tratamento da urticária é tentar identificar se há algum agente causador da doença e, se houver, tentar evitá-lo ao máximo. Estes agentes podem ser: alimentos, remédios, contatos com objetos, pelos de animais, picadas de insetos, pólen de plantas etc.
Os medicamentos mais recomendados são os anti-histamínicos, que reduzem a coceira e o inchaço. Para casos mais graves, em que os anti-histamínicos não funcionem, corticoides, como a Prednisona serão receitados. Já para os pacientes que apresentem angiodema, o mais indicado é a Epinefrina.
Vale lembrar que os corticoides apresentam muitos efeitos colaterais e devem ser utilizados somente com a prescrição médica. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou um medicamento chamado Omalizumabe, que combate os sintomas da urticária que não tem uma causa aparente, sem causar tantos efeitos colaterais.
Referências
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/coceira-e-dermatite/urtic%C3%A1ria
http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/urticaria/73/
https://saude.novartis.com.br/urticaria/a-origem-da-alergia-urticaria/
https://www.news-medical.net/health/What-is-Epinephrine-(Adrenaline)-(Portuguese).aspx
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